Amigos Off-Road Aventureiros no Jalapão: Marco - Hermes - Vini - Beto - Jon - Marcelo
Tudo
Começou quando o Marco falou...cara, qual vai ser a nossa aventura este
ano de moto?...isso porque havíamos feito Atacama em 2014 e Machu
Picchu em 2015 e já viu né, dá comichão para fazer outra e aí o Marco
veio com a ideia de fazer o passeio do Jalapão que é organizado pelo Ave
da Bike Box. Convidamos nosso parceiro eterno Hermes de Atacama e Machu
Picchu que convidou dois amigos dele o Beto e o Vini. Tudo certo,
acertamos a data para Setembro entre os dias 19 e 21. Parecia longe
quando agendamos com o Ave porém o tempo passa realmente rápido e chegou
o dia de embarcarmos par a aventura. Eu e o Jon (my brother in Law que
veio direto de San Diego para essa aventura) chegamos dia 16 a tarde
para um turismo em Palmas que é a cidade que o Ave nos pegou para levar
para o meio do Jalapão. Curtimos um Tucunaré assado maravilhoso,
certamente um dos Top10 peixe assado que comemos em nossas vidas, e foi
na Praia da Graciosa em um bar que não parecia ser grande coisa...que
engano! No dia seguinte de manhã fomos para a Praia do Prata que fica a
beira do Rio Tocantins que tem 8km de largura por 170Km de extensão,
isso devido a barragem feita por conta da Hidrelétrica de Lajeado. Água
quase morna por conta dos quase 40 graus de Palmas. O restante do
pessoal chegou e nos encontramos na Praia da Graciosa no restaurante
flutuante e então todos se conheceram, alguns pela primeira vez e já deu
para perceber logo neste primeiro encontro que ia dar liga a turma, foi
um papo bem descontraído e com muita risada. Todos fomos então para o
outro ponto turistico que é a Ilha do Canela, partindo de barco da praia
da Graciosa por uns 15minutos. A ilha é pequena mas muito agradável e
bem estruturada. Lá jogamos papo fora, rimos mais um montão, falando
bobagem que é o que vale nessas viagens para desopilar. De repente veio
uma tempestade de vento e chuva que foi de surpreender. Tivemos que
ficar mais um pouco na ilha até ter segurança que dava para voltar de
barco e enquanto isso uma boa dose de cachaça para relaxar...oooo coisa
boa! a chuva deu uma trégua e voltamos. Jantamos no hotel mesmo mas já
com aquela expectativa da viagem para o Jalapão. No dia seguinte
(domingo) uma van veio nos pegar por volta das 14:30 e aí sim começamos a
sentir a aventura. Foram 2:30h de viagem até a pousada e já dava para
ver como é a região, viagem super tranquila e estrada muito boa com
pouquíssimo transito. Chegamos na pousada e o Ave já estava lá nos
esperando com a sua equipe o Luciano (guia) e o Guga (suporte 4 rodas).
Foi muito bacana reencontrar o Ave que é um cara especial. batemos um
papo mas o que queríamos mesmo ver era as motocas no galpão e o Ave
falou...manda bala...vai lá escolhe a sua!....meu, que sensação
maravilhosa, entramos no galpão e tinhas umas 520 motos e parecíamos
crianças em uma loja de brinquedo, olhando e tocando nas motocas para
ver qual aquela que dava mais liga...todas KLX 450 2016 e algumas 2015
em perfeitas condições, prontinhas para rodar!...foi muito bacana! a
gente ficou um tempão lá! aí o Ave veio com as camisas de enduro
personalizada com Jalapão!...show de camisa! fomos jantar e dia seguinte
as 9h o show ia começar! e chegou!...9h saímos para rodar no primeiro
dia 240km! porém em um terreno que não éramos habituados, muita areia,
estradão com irregularidades e........O SOL......O CALOR.....A
TEMPERATURA.....PRATICAMENTE SEM SOMBRAS.....E 40
GRAUS!!.....caraca....nunca rodamos tanto sob tanto calor e em terrenos
que a gente não domina com uma moto que não é nossa apesar de ser muito
boa, mas é para isso que estávamos lá!...para sentir esta sensação e
passar por pelo menos uma parte do que os pilotos do Rally dos Sertões
passam, uma vez que Jalapão é a região mais temida do Rally e agora
entendemos o porquê. Realmente o Jalapão separa os Homi dos Meninu! e
olha que rodamos pouco em relação ao que o Rally roda lá! se eu tinha
respeito pelos pilotos de Rally, depois desta experiência eu os venero
mais ainda. É um puta desafio, sem levar em conta que não estávamos
roteirando e no Rally tem esse adicional. Bom deixando as homenagens de
lado, voltando para a nossa experiência. Este primeiro dia foi bem
puxado mas também serviu para nos acostumarmos com o jeito de andar na
areia e com a moto...e...não posso deixar de ressaltar.....o Ave
preparou ao longo do dia paradas em pontos que eram de tirar o
fôlego....o que dizer....imaginem uma região que não chove a mais de um
ano....árida...e de repente você sai do trecho de rodagem e pega uma
estradinha e dá de cara com lindas cachoeiras, rios, lagos, com água
cristalina que parece fonte de água mineral!....inacreditavelmente lindo
e claro refrescante!...e pular nestes locais de roupa e tudo incluindo
bota é surreal!...essas paradas são providenciais e certamente sem elas
não seria possível rodar direto como no Rally....somos mortais
pô!!...além dos lanches, água, refrigerante que o super Guga leva nos
pontos de parada, realmente super bem organizado o passeio. Outro local muito bacana que visitamos foram as piscinas naturais chamadas de Fervedouro (veja a 3a foto abaixo um destes locais), o que torna esse local especial?...você não consegue afundar! por mais que tente, existe uma força de baixo para cima que não deixa, mergulhar e sentir algo de empurrando de volta é uma sensação muito louca! parece uma areia movediça que te empurra ao invés de puxar.
A explicação dos Fervedouros do Jalapão: O motivo de ser impossível afundar, por mais que os visitantes tentem, é uma rocha impermeável que não oferece vazão para o lençol freático logo abaixo. Quando a água nasce, a pressão é tão grande que empurra a areia para cima. A água fica com alta densidade e as pessoas quando entram nos poços flutuam em partículas de areia. A sensação é semelhante à de boiar no Mar Morto, em Israel.
No Jalapão não faltam fervedouros. Por onde vamos sempre há um e boa parte ainda não foi explorada, nem está aberta ao público. São aproximadamente 120 fervedouros catalogados. Os cenários formam oásis em meio à vegetação fechada com poços de água azul ou verde transparente e fundos com areia branquíssima.
A explicação dos Fervedouros do Jalapão: O motivo de ser impossível afundar, por mais que os visitantes tentem, é uma rocha impermeável que não oferece vazão para o lençol freático logo abaixo. Quando a água nasce, a pressão é tão grande que empurra a areia para cima. A água fica com alta densidade e as pessoas quando entram nos poços flutuam em partículas de areia. A sensação é semelhante à de boiar no Mar Morto, em Israel.
No Jalapão não faltam fervedouros. Por onde vamos sempre há um e boa parte ainda não foi explorada, nem está aberta ao público. São aproximadamente 120 fervedouros catalogados. Os cenários formam oásis em meio à vegetação fechada com poços de água azul ou verde transparente e fundos com areia branquíssima.